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A Mulher Com a Coroa de 12 Estrelas - Novo


A Veracidade das Escrituras





Como prometido, esta matéria é a continuidade de Discernindo  o Apocalipse. Caso não tenha lido ainda, recomendo sua leitura para maior elucidação desta matéria. Como já comentei, é preciso manter os olhos nas doutrinas fundamentais para que possamos entender as profecias, e será este o nosso caminho nesta matéria.

Com certeza você já ouviu pessoas dizendo que existem contradições na Bíblia. Seguramente eu afirmo o contrário.  É inexistente qualquer tipo de contradição entre os livros bíblicos. O que observei é que existem pessoas que fazem mal uso dos textos, e outros até a utilizam com má intenção. Quando uma interpretação coloca textos bíblicos em choque desconfie do intérprete. A Bíblia não é um material confeccionado da noite para o dia. Foram séculos e séculos de história até resultar neste livro que você conhece e que vem prontinho para ser desfolhado. Ela passou pelas mãos de rigorosíssimos críticos literários, sem esquecer dos copistas que mantinham outro rigoroso compromisso para manterem-se fiéis aos escritos originais. Dizer que tais Escrituras são contraditórias é manifestar total ignorância quanto ao assunto. A história relata que a Bíblia resistiu a grandes movimentos que visavam sua destruição, não fosse seu teor histórico, profético, geográfico e doutrinário, estes últimos 2000 anos a teriam calado. Leve isto em consideração antes de acatar acusações contra esta literatura.   Quando alguém diz que nela há contradições, basicamente duas coisas poderão estar acontecendo: A primeira é que pode se tratar de um assunto que tal pessoa não tenha domínio e por falta de maturidade naquela questão, para justificar-se, condena o texto, ou a segunda hipótese, que o intérprete possa estar propositalmente distorcendo as Escrituras com más intenções.  



Um Profeta do Engano 

Recentemente assisti a um seminário de escatologia onde o preletor intitulado “apóstolo” esgota todas as profecias apocalípticas até o ano 70 d.C. De acordo com ele, tudo já se cumpriu e nós já vivemos novos céus e nova terra. Ele afirma que a ira de Deus a ser derramada sobre a face da terra que foi predita por muitos profetas e por fim pelo próprio Cristo, cumpriu-se com a destruição de Jerusalém e para não deixar sem explicação a segunda vinda de Cristo, ele afirmou que o mesmo já veio no espírito do general Tito, o comandante das tropas que assolou o povo judeu. A visão dele é que o mundo já foi julgado e a finalidade de sua mensagem é dizer que o mundo está se unificando para que Cristo reine. Nesta visão não existe anticristo, e o poder emergente que estamos presenciando, segundo ele, é a manifestação de Jesus Cristo como governo global. Em outras palavras, ele ensina que o anticristo que estamos vendo se levantar é Cristo que virá como rei. Isto o constitui em um falso profeta. A igreja que ele esta comandando não tem condições alguma de resistir ao domínio de satanás, pois todas as doutrinas que Jesus ensinou quanto a esta era para que identificássemos os enganadores, os adeptos desta crença aboliram. Como ele, existem muitos outros fazendo a mesma coisa. E o que você vai fazer então para não ser enganado também? E quem te garante que este que vos fala também não é um falso profeta? Já pensou nisto?

Caso queira assistir os vídeos deste mensageiro do engano, deixe o pedido no comentário que eu posto o link.



Organize Seu Ambiente Intelectual

Lendo esta matéria você vai saber como não ser enganado. Não precisa acreditar em mim. Até prefiro que não acredite. Quero que você tenha condições de interpretar as profecias por si mesmo de forma coerente. O próprio material bíblico concede tal condição. Assim sendo, resgatarei alguns princípios firmados na doutrina base. Analisaremos a história, a atualidade e as projeções para o futuro próximo. Como? Vamos começar por fazer um desenho de uma árvore. Não precisa riscar, apenas imagine. Separemos esta árvore em quatro partes: Raízes, tronco, copa e frutos. Do lado deste desenho imaginário coloque a Bíblia. Agora que já organizamos o nosso ambiente de estudo, vamos relacionar o conteúdo bíblico com as partes da árvore. Tudo certo até aí?  Determinemos então que as doutrinas fundamentais sejam as raízes, o tronco seja a história do que Deus já realizou na face da terra e que pode facilmente ser observada através dos fatos registrados, a copa as profecias escatológicas e os frutos os objetivos pelo qual a árvore foi plantada. É este o cenário propício que precisamos para manter o equilíbrio e não nos desviarmos da verdade no que se refere a interpretação profética. Entende como tudo tem que estar em perfeita harmonia?

Deste patamar você precisa olhar e entender que os quatro elementos constituem a Bíblia como um todo. São diversos livros, comunicando diversas coisas, trabalhando conjuntamente para manifestar o mesmo resultado. E qual resultado é este? O reino eterno de justiça de Cristo com seu povo e o aniquilamento do poder das trevas com seu rei e seus adeptos desta esfera, a qual será transformada em novos céus e nova terra.

Seja sempre atento(a) à estas informações:
Por isso se manifestou Cristo. A sua morte não resgatou somente as almas dos homens, mas, reconciliou todas as coisas consigo mesmo. Este mundo nunca será desintegrado. As promessas mais antigas registradas nas Escrituras apontam para o Monte Sião como sendo o local do trono de Cristo. Em conformidade com esta profecia, Apocalipse revela que a cidade santa, a nova Jerusalém após o grande julgamento da humanidade descerá do céu para se unir com Cristo aqui na Terra.

“E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.”  Apocalipse 21:2


Nenhuma interpretação profética e nenhuma nova profecia podem ser consideradas vindas de Deus se não confirmar ou elucidar todo o escopo da mesma. Quando isto ocorrer não tenha dúvidas, tal interpretação é um equivoco.

Caso não conheça as doutrinas fundamentais da Bíblia, não se preocupe, aqui abordarei a cada uma delas na medida em que estiver tratando assuntos que apontam para elas. 

Sempre tenha em mãos a sua Bíblia, e confira os textos mencionados. Se a interpretação não estiver batendo com o contexto original, não tenha dúvida, descarte.




A Mulher e a Coroa de 12 Estrelas


Recapitulando:

“E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz.” Ap. 12: 1

Este verso traz informações que nos leva para Gênesis, Mateus, Êxodo entre outros e também de encontro à história da igreja, e é para lá que nós vamos.
Sem analisar a história da origem de Israel, este texto não quer dizer muito. Para não perdermos nada adentraremos no raciocínio divino através da história e assim compreenderemos o conceito profético. Esta é a regra: Entender o conceito. O conceito nunca irá se contrapor no conjunto de raciocínio onde está inserido.  Para entender este conjunto de raciocínio vamos falar sobre a aliança estabelecida com Abraão. Os grandes mistérios das revelações divinas estão contidos nas alianças que Deus firmou com os patriarcas hebreus. Tudo o que aconteceu e acontece hoje em termos de cumprimento profético partem das promessas de Deus realizadas nestas alianças. Quando Ele diz que permanece sendo sempre o mesmo e não muda inclui as promessas estabelecidas desde os tempos primórdios.   A 1ª aliança entre Deus e os homens na história bíblica é registrada no Antigo Testamento, a qual Ele fez com Noé. Nesta aliança Deus não requereu resposta alguma da parte do homem. Ela trata da proliferação dos seres humanos na Terra. Noé e seus filhos deveriam ser frutíferos e multiplicar-se na Terra (Gênesis 9.1, 7) uma vez que todo o resto da humanidade morreu no dilúvio. A segunda aliança registrada em Gênesis, de grande importância e com projeções para a vida eterna, foi travada com Abrão e ela se estendia a seus descendentes e à todas as famílias do planeta terra.



“2 Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção.
3 Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12

Lembrando que Abraão é descendente de Sem, um dos 3 filhos Noé. Caso não tenha ainda esta informação, a palavra semita é oriunda de Sem, e assim são chamados todos que descendem de Abraão: Semitas. 


A expressão anti-semita quer dizer: Contra os filhos de Sem. O objetivo de Deus quanto a esta linhagem era introduzir o Messias na Terra.



"Naquele mesmo dia fez o SENHOR uma aliança com Abrão, dizendo: Å tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates;"  Gênesis 15:18

"Porque eu a hei de abençoar, e te darei dela um filho; e a abençoarei, e será mãe das naçõesreis de povos sairão dela.Gênesis 17:16

A diferença entre a aliança com Noé e a realizada com Abrão, é que a segunda exigiu um ato de obediência: a circuncisão de todos os machos de sua família.

“Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós.”  Gênesis 17:10-11


Não vamos entrar no mérito da questão a respeito da circuncisão. O que importa até aqui é entender que de Abraão saiu a mulher com a coroa de 12 estrelas. 

Abraão gera Isaque, e de Isaque vem Esaú e Jacó. Em continuidade ao plano da redenção, Jacó foi escolhido.

Em determinado momento na história, uma experiência espiritual vivida por Jacó resulta na mudança de seu nome. A partir daquele momento passou-se a chamar Israel. O primeiro nome, Jacó, interpretava-se como Usurpador, o segundo, Israel, traduz-se: Lutou com Deus e com os homens e prevaleceu. Uma experiência intima com Deus transforma a vida e a história de Jacó. 

Por sua vez, Israel gera 12 filhos e assim cumpre-se uma parcela das promessas que Deus havia estabelecido em aliança com Abraão, Sara através de Jacó, seu neto, torna-se mãe de nações. De uma mulher estéril já velha reluz uma coroa de 12 estrelas, ou seja, 12 tribos. No entanto, esta é apenas a primeira fase daquilo que Deus pretendia consumar com proporções celestiais.

Abraão em determinado momento de sua vida, foi chamado por Deus no caráter de sacerdote. Lembra quando a ele foi pedido que sacrificasse seu filho Isaque e no momento em que Abraão levantou seu cutelo para cortar a jugular do menino Deus interveio e declarou que não seria necessário consumar o ato porque isto já tinha acontecido espiritualmente? Ali é possível notar que Isaque representava o próprio Cristo que seria sacrificado e Abraão o sumo  sacerdote. Ao mesmo tempo é a figura do Pai celestial doando seu Filho como sacrifício por seu povo. Este ato simbólico foi a consumação da aliança entre Deus e os filhos de Abraão. Esta passagem revelava que era plano do Pai gerar uma descendência daquele que seria o sacrifício.

De Isaque, o sacrifício simbólico profético, Deus suscitou filhos genéticos, colocando-os no reino físico com autoridade e missão para conquistar a terra prometida e nela gerar a nação composta pelas 12 tribos, formadas pelos filhos de Jacó. 

Enquanto que Isaque foi o príncipe e cordeiro terreno na missão celestial em conquista da Terra prometida, Cristo foi o príncipe e cordeiro celestial na missão terrena em conquista do reino celestial. A descendência de Abrão foi o canal de Deus no mundo a fim de que por meio de Israel Deus se materializasse como homem. A missão de Cristo realiza o processo inverso. Uma vez que o verbo se fez carne e habitou entre nós por meio de Israel, Deus introduz o homem no céu por meio de Cristo.

Ao passo que em Abraão, a mulher com a coroa de 12 estrelas possuía autoridade na conquista do mundo físico, em Cristo, a mulher possui autoridade para conquistar o reino espiritual neste mundo. “...e as portas dos inferno não prevalecerão contra a minha igreja.” Por esta razão o judaísmo não foi estabelecido com a propriedade de se expandir para o mundo gentílico  e salvar o pecador. O cristianismo sim e por isso deve ser propagado. O objetivo de Deus com a religião judaica não era alcançar o mundo inteiro como fez com o cristianismo, mas manter o elo entre o Criador e a criação. Seu ponto de contato com este planeta era somente Israel. 



A Função da Lei Judaica

O judaísmo nunca teve o poder de transformar o homem. Por isso a Lei através de Moisés foi trazida com severidade. As doutrinas da religião judaica não tendo o poder e nem a missão de transformar o homem interior, teve por necessário a severidade como barreira a fim de impedir o povo escolhido precipitar-se no abismo em que andavam as   nações pagãs. A função da Lei não era salvar os descendentes de Abraão, na aliança estabelecida todos eles já faziam parte, no entanto, a Lei foi instituída para maturidade e responsabilidade espiritual de cada um a fim de que pudessem escolher entre servir a Deus ou não. Enquanto nação, em Israel sempre que a religião e a Lei não eram suficientes para impedi-la enveredar-se no paganismo Deus agia com açoites destruindo suas conquistas, suas edificações e os elementos de sua religião por meio das mãos inimigas, muitas vezes levando-os á condição de escravos trazendo-a de volta para a realidade de sua missão e assim a restaurava como pode ser observado até mesmo na história da segunda guerra mundial.  A razão que levou Deus ser tão rude com a nação israelita está embasado no propósito da missão concedida a ela. A quem muito é dado muito também é exigido, se Israel se perdesse como aconteceu com a tribo de Dã que se dissolveu em meio às nações pagãs, Cristo não teria por onde entrar na raça humana, e o que restaria para todos os descendentes de Adão seria a extinção. A ação do reino inimigo foi investir pesado na degeneração do caráter do povo israelita distanciando-os de Deus a fim de condená-los usando a mesma estratégia que usou contra a geração pré diluviana, a ponto de levá-los a um caminho sem volta o qual resultou em destruição total. 

“E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” Gênesis 1:28

Com Adão sendo vencido pela serpente, tudo o que lhe pertencia passou a ser do reino das trevas, inclusive ele e toda a sua descendência.

“Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” 2 Pedro 2:19

Isto é um principio e uma lei espiritual. Por isso Cristo se fez carne, para vencer a quem derrotou Adão, e trazer de volta para as mãos de Deus aquilo que o homem jogou fora. 

“E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.”  Colossenses 1:20

Deus não podia entrar em um conflito contra o reino das trevas para requerer das mãos de satanás a posse da criação como um espírito. E por que não? Porque somente um herdeiro de Adão poderia fazer isto, uma vez que Ele próprio estabeleceu a Terra e toda a criação como herança dos filhos de Adão os quais agora tinham por senhor e dono o diabo. Isto deixa muito claro o quanto Deus é sujeito à sua própria lei. Deus perdeu a posse e o direito de sua criação em Adão, e como homem a reconquistou em Cristo Jesus. 

 Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer continuará só, mas se morrer dará muito fruto” Jo12:24

A prova literária de que o mundo passou a pertencer a satanás com a queda de Adão, pode ser percebida  na terceira proposta de satanás a Cristo no deserto:

“Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.”  
Mateus 4:8-9  

Se a posse do mundo que foi mostrada a Jesus pelo diabo pertencesse a Deus, por qual motivo Ele teria que ser crucificado? Está consumado quer dizer que tudo o que Deus criou lhe foi restituído por meio do sangue do Cordeiro.


O Nascimento da Nova Israel

Logo após todas estas coisas, Jesus convocou os 12 homens os quais  comissionou para reproduzir, multiplicar e encher todo o reino dos céus. Assim se formou a nação espiritual, a nova Jerusalém celestial. Esta nação não possui fronteiras como Israel. Seus limites não se estendem com o derramar do sangue do inimigo. Se estende com o sangue de seus próprios cidadãos. É na medida em que os grãos de trigo morrem que seus frutos se multiplicam. Tanto no sentido simbólico como no literal. Assim foi com o primeiro grão, Jesus Cristo, e depois seus enviados e assim é até hoje.  A história relata o lastro de sangue que inicia com a crucificação de Cristo e a sequência na perseguição e execução de milhares e milhares daqueles que decidiram viver piamente o evangelho. O sangue do mártir parece ser um explosivo atômico que derruba barreiras e faz com que nações ou pessoas que nunca foram alcançadas antes pelo evangelho sejam por ele impactado. Isto não é o poder do sangue em si mesmo, mas que, quando o sangue de um justo é derramado a mão de Deus se move e julga o reino das trevas e saqueia seus bens. É este o mistério. Deus semeia o corpo físico corruptível e colherá em corpo celestial incorruptível. E como justiça pelo sangue derramado amplia o numero de pessoas que vem fazer parte da mulher a qual se refere o texto. 

Historicamente falando, é uma referência também do que aconteceu para que Cristo se encarnasse. Para representar a antiga mulher com a coroa de 12 estrelas podemos citar Sara mãe das nações, mas aqui temos Maria como símbolo desta nova mulher (nação/igreja) vista por João. As dores de parto simbolizam o sofrimento do povo convertido ao cristianismo sendo perseguido ao gerar novos filhos para o reino de Deus. Neste cenário, Maria não é mãe de Deus como a intitulam muitos, mas fruto do mesmo sangue que foi vertido na cruz. Para que ninguém confundisse esta questão foi registrado que:

Mateus 12.
  1. Enquanto ele ainda falava à multidão, a mãe e os irmãos dele estavam de fora, procurando falar-lhe.
  1. E alguém disse-lhe: "olha, tua mãe e teus irmãos estão lá fora e procuram falar-te".
  1. Mas ele respondeu ao que lhe falava: "quem é minha mãe e quem são meus irmãos"?
  1. E estendendo a mão para seus discípulos, disse: "Eis minha mãe e meus irmãos;
  1. porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe!
Maria pode como progenitora do Messias simbolizar a nação espiritual, assim como os 12 apóstolos simbolizam as estrelas da coroa, no entanto, jamais ocupará lugar superior aos demais que foram gerados como ela pelo sangue do Cordeiro. Não é isto o que Ele está afirmando? Esta foi a expressão que o Messias usou para mostrar que não existe predileção por parte do Pai em relação a seus filhos que são gerados por meio d’Ele, porque todos pecaram e destituídos estavam da glória de Deus. O único mérito existente é de Cristo que se fez pecado em lugar até mesmo de Maria e de seus apóstolos e posteriormente nós, por isso por Deus foi moído a fim de que por suas pisaduras fossemos sarados da morte espiritual na qual todos sem exceção estávamos (Is. 53.1-12). Re nascidos por meio d'Ele, enquanto nação espiritual (a mulher), somos nós quem gera por meio de nosso testemunho pessoal  os novos pequenos cristos (cristãos) que sucessivamente gerarão também outros. Assim como  Abraão , a antiga aliança através de sua mulher Sara gerou filhos terrenos para Deus, Cristo a nova e eterna aliança, gera filhos celestiais para o Pai celestial.  Embasado nesta confissão do próprio Cristo posso concluir que todo aquele que é nascido d'Ele e seu faz seu discípulo cumprindo a vontade do Pai que está nos céus também é um integrante da mulher vestida de sol.

A esta mulher (nação espiritual) a qual gerou com seu próprio sangue, deu-lhe autoridade sobre os poderes das trevas para que saqueasse seus bens (pessoas que não conhecem Cristo). Na prática isto significa que os portadores do sangue e da palavra do Cordeiro tem o poder e o dever de multiplicar o número de discípulos, testemunhando em palavras e ações que manifestam em suas próprias vidas a imagem do Filho Unigênito do Pai celestial. Estar vestida de sol e ter a lua sob seus pés é uma expressão que pode ser entendida melhor lendo o verso a seguir.

“E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas” Gênesis 1:16

Toda a criação proclama a glória de Deus que está em Cristo Jesus. A mulher revestida com o sol que é o governo da luz, exerce autoridade sobre o governo que rege as trevas. Esta é a diferença entre a primeira e a segunda mulher: Possuir autoridade para pisar serpentes e escorpiões sem que mal algum lhe cause dano. No entanto, apesar de exercer tamanha autoridade espiritual nos foi dito que não deveriam ser as conquistas por meio desta autoridade a razão de nossa alegria, mas o fato de sermos membros da mulher que pertence aos céus (a noiva de Cristo).

"E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum. Mas,não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos no Reino dos Céus. Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve".(Lucas 10-17/21).


Quando a mulher física (Israel) foi transformada em Cristo na mulher espiritual (igreja) o campo de batalha também foi. A luta deixou de ser contra a carne e o sangue e passou a ser contra as hostes do reino invisível (Ef. 6. 10). O reino a ser tomado não é mais físico, Israel embora aos olhos do mundo não pareça, cumpriu seu papel. Hoje a igreja luta para cumprir o seu também, não na conquista de bens materiais que para o reino celestial de nada servem, mas gerando o máximo de filhos autênticos que estejam dispostos a sacrificarem suas vontades carnais para cumprirem a vontade do Pai. É para esta luta espiritual que nós, os verdadeiros cristãos fomos alistados: Manter-nos incontaminados da corrupção secular seja ela capitalista, comunista ou religiosa e gerarmos filhos autênticos para nosso Pai.  


Assim sendo, as armas de guerra também foram mudadas. Antes Israel tinha que derramar sangue e por força e violência adquirir território terreno. Hoje a igreja precisa vencer resistindo o mal com o bem, amando o próximo mesmo aquele de quem não gosta. É servindo e oferecendo a outra face que destruímos os direitos de satanás. Quando não cumprimos este princípio e nos levantamos contra a carne e sangue, satanás tem como nos acusar com base na Lei e sobre nós adquirir vantagens. Por isso Cristo não desceu da cruz mesmo tendo poder para isto. Se o grão de trigo não morrer fica ele só, mas se morrer dará muitos frutos. É por isso que muitos cristãos não geram filhos, continuam vivos para o pecado sob a acusação do diabo. Continuam firmes na utilização das armas naturais em defesa de si mesmos recusando-se morrerem  à semelhança do grão de trigo. Satanás joga pesado nos dois extremos. No mesmo tempo em que usa situações para colocar pessoa contra pessoa também fala em seus pensamentos como se fossem elas mesmas pensando, instigando o orgulho para que ambas degladiem-se e permaneçam sob sua custódia. Foi isto que ele tentou com Cristo e não funcionou. Cristo já estava pré-disposto a morrer pela mulher, mas, a maioria de nós cristãos ainda não estamos dispostos a morrermos por Ele e nem pelos interesses do Pai. Morrer no sentido de ser humilhado que é o mais simples, quanto menos resistir o pecado até o sangue. Queremos lavar nossa honra com sangue, sangue alheio não o de Cristo.





Reflexão

Não confunda esta mulher com o nome de nenhuma denominação cristã assim como os filhos de Abraão fizeram com a religião judaica em relação a primeira mulher (nação israelita). Lembre-se que pertencer ao templo celestial é puro 
consentimento e graça de Deus, mas o mesmo não sustentará uma vida que doa-se na prática contrária aos princípios de Deus. Todo membro do corpo desta mulher precisa honrar o mesmo corpo vivendo para Cristo e não para a satisfação de si mesmo. Os filhos legítimos de Abraão, segundo Cristo, são aqueles que fazem as mesmas obras que Abraão fez. Não há nenhuma coerência em um cajueiro produzir também outras espécies de frutos sendo ele um cajueiro. Considere isto e aplique o mesmo princípio na sua vida cristã. Em Jo 15 Jesus diz que os ramos da videira que não produzem  frutos serão cortados e lançados no fogo assim como foram rejeitados os filhos de Abraão que não creram nele assim como creu Abraão.







Considerações Finais

Como pode ser observado, Apocalipse, Genesis, Mateus, entre outros estão em plena harmonia confirmando as mesmas coisas. Esta é a maneira segura de buscar interpretações escatológicas.



“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. “ 2 Pedro 1:19-21




Claro está que os profetas que Pedro se refere são os profetas da Bíblia.  Seja fiel à esta regra que as chances de você ser enganado por alguém e a de se enganar são mínimas. 


Na sequência falarei sobre o grande dragão vermelho de 7 cabeças e 10 chifres que foi visto no céu e que se materializou em forma de governo e religião global.


Obrigado pela companhia. Um forte abraço e até a próxima. 



Att. Marcelo Alberto.

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2 Comentários

Unknown disse…
NUNCA HAVIA CONTEMPLADO UM ESTUDO TÃO IMPACTANTE E SÉRIO COMO ESTE. GLÓRIA A DEUS!!!! ISTO É DEUS USANDO ALGUÉM VERDADEIRAMENTE LIVRE PARA FALAR DAS COISAS CELESTIAIS, DE MANEIRA TÃO CLARA AOS QUE BUSCAM A VERDADE.
DEUS ABENÇOE POR DISPONIBILIZAR ESTA PÉROLA PRECIOSA.
TODA HONRA E TODA GLÓRIA SEJAM DADAS A DEUS EM JESUS CRISTO. AMÉM.
Marcelo Alberto disse…
Ola HAPPY IN JESUS!

Obrigado pela visita e pelo comentarário. Muito me alegra poder abençõar os irmãos com as experiências que o Senhor derrame sobre minha vida.

Quero recomendar a continuação desta matéria quem fiz em slides. De uma forma mais aprofunda trato todos os pontos do capítulo 12, preparando a compreensão para outras interpretações do livro de Apocalipse.

Acesse o link e baixe o seminário que está dividido em 4 arquivos. Caprichei no trabalho. Lindas figuras e muito bem ilustrado. Com ele em mãos, você poderá realizar palestras e compartilhar coisas tremendas das Escrituras.

http://setimoshofar.blogspot.com.br/2012/12/um-presente-para-voce-e-so-clicar-e.html

Um forte abraço e paz seja contigo.