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Graça – A Jurisprudência Majoritária Celestial





Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la.” Jeremias 1:11,12

Muitos pregadores contemporâneos vêm ensinando que a LEI não opera mais, que ela ficou sepultada nos escombros da antiga aliança por ter sido insuficiente na obra da salvação. Até usam fora do contexto um fragmento da escrita de Paulo dizendo: “O fim da lei é Cristo” 
Romanos 10:4

Como se este fosse todo o sentido do que o apóstolo aí escreveu.
E assim muitos aprenderam errado e vivem sem ter referência do que é trevas e luz. Já tenho até ouvido alguns argumentos dizendo que Deus tentou salvar o homem com a lei, mas não tendo dado muito certo, entrou com a graça. Deste ponto de vista, Deus teve que se converter, mudar, para alcançar e se relacionar com o homem que não quer nada com a LEI.

Esta é uma das filosofias que aplicam como interpretação da graça levando em conta que a lei não tem mais sentido.

No entanto, isto só vem confirmar como a VERDADE se perdeu na teologia que os homens criaram, repudiando a LEI para desenvolver uma “igreja” segundo os interesses da sociedade. Com este objetivo interpretam as Escrituras Sagradas a seu bel prazer e a adaptam da melhor forma possível, vindo disto a diversidade de denominações eclesiásticas.

Indo na contramão destas maneiras de interpretação da LEI e da GRAÇA, proponho um analise mais detalhado através desta oportunidade, apresentando a posição que a própria Escritura trás de si mesma sobre esta questão.

Partindo do princípio que da LEI vem todo o embasamento de doutrinas para tudo o que se move e existe, posso afirmar que até a GRAÇA é fluente DELA. 
“Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome.” Salmos 138:2

Já observaram que segundo a LEI, o salário do pecado é a morte?
O que a LEI exige como preço pela transgressão?
Exige sangue!
Há muitas evidências disto nas escrituras e a prova maior é o Senhor Jesus sendo imolado lá no madeiro.

Então, o que é a Graça?
Todos já ouvimos dizer que a GRAÇA é o favor que nós não merecemos realizado por Deus na cruz para que por meio dele tenhamos a remissão das nossas transgressões contra a LEI. Os delitos e crimes que cometemos genericamente chamados de pecados.

Quando Jesus Cristo se entregou por nós e foi surrado, crucificado e morto, estava simplesmente se cumprindo o decreto da LEI. Recebeu em seu corpo o salário que era destinado a nós, a saber, a morte.

Cumprindo a LEI, a dívida foi paga com o sangue do Senhor e, uma vez que ele próprio não tendo cometido pecado, ELA não pôde mantê-lo morto, concedendo-lhe o direito da ressurreição, de sorte que se levantou da sepultura fazendo a si mesmo em primícias dentre os mortos.
Este mistério foi estabelecido para que também atinja a todos aqueles que venham participar de sua morte por meio da fé. Aqui cabe falarmos um pouco do que de fato quer dizer esta palavra, também muito mal entendida.  

Todos os que repudiam a vida passageira em cumprimento dos mandamentos de Cristo, estão envolvidos com ele em sua morte. Nisto reside a fé, que é o sacrifício dos próprios anseios carnais que transgridem a LEI. A RENUNCIA foi chamado de sacrifício vivo, puro, santo e agradável a Deus,  o culto racional. Rm 12:1-2

Já em carta aos gálatas, Paulo escreveu que pertencem a Cristo somente aqueles que crucificam a carne com suas paixões, e ali dá uma lista de coisas que são obras da carne em contraste com o que é fruto do ESPÍRITO. Gl 5:18

Isto quer nos dizer que sem o envolvimento com a morte de Jesus POR MEIO DO SACRIFÍCIO DA VELHA NATUREZA, A FÉ NÃO EXISTE DE FATO e, nesta condição as pessoas não tem direito a vida eterna.

A ressurreição dentre os mortos pertence somente a quem estiver no exercício do sacrifício da velha criatura, mantendo-se morto para o pecado e vivo para Deus.
Quando crucificamos a nossa natureza terrena para vivermos segundo Cristo, estamos participando da conversão de valores. Lembram-se quando falamos sobre isto¿ Se não pudéssemos converter coisas terrenas em celestiais, não nos seria possível a salvação, mas o sacrifício de Jesus providenciou tal benefício a fim de que por meio da fé, convertamos o temporal em eterno. Investindo esta vida efêmera no exercício da fé, anulamos a nós mesmos e Cristo vive em nós e, vivendo, temos NELE a redenção.


O SACRIFICO PELA FÉ EM CRISTO DA NOSSA VIDA PASSAGEIRA, CONVERTE AQUILO QUE É TEMPORAL EM ETERNO.
A vida eterna implica em confiar o suficiente em Deus a ponto de abrirmos mãos das coisas desta vida e, é esta confiança em Deus por algo que será concedido depois, que é verdadeiramente a fé.
A prova de amor que ELE nos pede é a fé. Porque todo aquele que ama, lança fora a dúvida.
O amor é sofredor, é benigno... Tudo sofre, *tudo crê*, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:4
-7

E este amor se materializa quando aceitamos fazer esta barganha com Deus, deixando a prostituição, a avareza, a idolatria, as imoralidades, o falar obsceno, a hipocrisia, os enganos religiosos, os calotes e tudo o que for impuro, imoral ou que fizer parte da corrupção. Na incredulidade somos apenas servos de nós mesmos e, disto vem todos os problemas na sociedade.

Por falta desta compreensão é que muitos ainda não entendem o que é a obra de Deus no mundo. Mas foi dito:
Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.” João 6:29

Crer no sentido de repudiar a vida transgressora e seguir os passos do Filho de Deus, imitando-o.
E isto só é possível para quem de fato tem fé genuína. Porque o desafio pode parecer muito grande para quem tem sua vida pecaminosa acima de tudo.  

Os impulsos do coração nos movem de encontro às transgressões da LEI em busca de satisfações próprias quer sejam paixões, iras, lascívia, cobiças ou qualquer outra coisa que de alguma forma nos traga satisfações e, aí vai variar de acordo com a natureza de cada um.
Na negação do nosso ego somos imediatamente participantes da morte de Jesus Cristo. Pois todos os que creram e que participam da aliança realizada em seu sangue, FORAM habilitados para estas boas obras que, por sua vez materializam a FÉ.

Incredulidade é sinônimo da andar em transgressões da LEI, enquanto que a fé o andar em santidade. A LEI É O AFERIDOR, A REFERÊNCIA para que saibamos se somos crentes ou incrédulos.
Recentemente usei o sacrifício dos animais que eram trazidos pelos hebreus segundo a antiga aliança, quando no templo de Jerusalém eram realizados, ilustrando ali o sacrifício da velha natureza que, por sua vez, tinha ligação com o sangue que era derramado diante da arca da aliança no santo dos santos uma vez por ano.

Espiritualmente falando, o sacrifício dos animais que eram derramados lá fora e, o sangue do cordeiro que era derramado lá dentro se misturavam e assim, tudo fazia parte do mesmo sacrifício. Os sacrifícios dos animais que representavam a morte dos pecadores eram realizados pelos sacerdotes no santo lugar e, o sacrifício do cordeiro realizado pelo sumo sacerdote no santo dos santos representava o sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Estas duas celebrações configuravam um único sacrifício, unindo o sacrifício dos homens e o de Deus.

O sangue do cordeiro perfeito habilitava o sacrifício de todos os outros, era o molho mexido primeiro para que os outros molhos fossem aceitos, segundo vemos no estatuto apresentado na festa das primícias, figura das coisas que foram consumadas em Cristo, como já explicou o nosso irmão apóstolo Paulo.

E hoje, da mesma maneira participamos deste mistério espiritual revelado em Cristo, o Cordeiro de Deus. Nosso culto racional é literalmente este:  A RENÚNCIA, a crucificação da carne com suas paixões.

Desta maneira estaremos com ele sepultados quanto a servir a vontade da carne, mas também, simultaneamente, estaremos ressuscitados e assentados com ELE nas regiões celestiais, como foi dito: E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;” Efésios 2:6

Isto concede ao crente o realizar das duas coisas conforme Paulo em carta a igreja em Roma, disse:
Se com a tua boca *confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo*.
Visto que (1º) *com o coração se crê para a justiça* (para ser justificado) , e (2º) com a boca *se faz confissão para a salvação*.”  Romanos 10:9,10

Isto é necessário para que herdemos a vida eterna! Observem bem, a justificação que nos dá o poder para sermos feitos filhos de Deus (Jo 1:11-12) vem quando cremos e aceitamos a morte de Jesus como pagamento da nossa divida e, assumimos a sua ressurreição como missão, para que assim sejamos testemunhas DELE COMO FILHO UNIGENITO DO PAI, UM SÓ DEUS diante dos homens, por que ele disse:
“Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1:8

Testemunha-lo é a nossa missão! Cumprindo-a segundo o que nos diz todo o contexto desta revelação, estaremos trabalhando na seara, fazendo a obra de Deus.
Assim voltamos ao que já foi dito aqui, que a obra de Deus é que creiam em quem Deus enviou, porque crendo no Filho, também crerão no Pai, porque o verdadeiro testemunho a respeito do Pai, somente o Filho pode dar e, quando alguém crê desta maneira, recebe a vida eterna. Eis aí uma grande revelação no que se diz respeito a nossa missão!

“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:3

A outra parte a respeito disso é sobre a comunhão dos filhos:
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:21

Se não trabalharmos neste sentido, estaremos sabotando a obra do Deus vivo aqui entre nós. É preciso obter o entendimento sobre a LEI inclusive para identificarmos e distinguirmos quem de fato é do rebanho e quem não é. Para sabermos quem da fato é por ELE e quem é contra, pois como nos disse, existem multidões que dizem Senhor, Senhor, Senhor, mas o negam com sua conduta transgressora e, ELE próprio nos ordenou para apartarmos dos tais.

E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mateus 7:23

“Apartai-vos de mim todos os que praticais a iniquidade; porque o Senhor já ouviu a voz do meu pranto.” Salmos 6:8

“Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei;” 2 Coríntios 6:17

Ou seja: Sacrificando o ego não vivendo na transgressão da LEI contaminados por quem diz ser não sendo, o nosso testemunho reluzirá no mundo e salgará a terra e, neste contexto temos o direito de participar NELE, da VIDA ETERNA.

Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras, Então te deleitarás no Senhor;...” Isaías 58:13,14

Quem não prática tal sacrifício a fé é morta e, assim negam o Filho de Deus. Se não crucificarmos a velha natureza, automaticamente crucificamos o testemunho a respeito do Filho de Deus, perdendo o direito na redenção.

Observem como está bem claro aí a função da LEI no que se diz respeito a Graça.



Com base nestes esclarecimentos podemos dizer que a GRAÇA no contexto da LEI, é o benefício  imputado a nós através do sangue do Senhor Jesus Cristo, concedendo-nos o direito de participarmos  da sua redenção.


Falando em benefício da lei, aqui cabe dizer sobre um termo muito usado no meio jurídico que usarei como figura de linguagem para esclarecer melhor o que foi falado até aqui.

Refiro-me ao termo Jurisprudência.


O que isto quer dizer?

Jurisprudência é o conjunto de decisões que refletem a interpretação majoritária de um mesmo tribunal e sedimentam, desse modo, um entendimento repetidamente utilizado. A jurisprudência é também elemento importante na fundamentação de uma sentença, que deve estar com ela em consonância. Como quis mostrar que a LEI de Deus e a Graça devem estar em plena harmonia.



A origem etimológica desta palavra vem da junção destes dois termos: juris + prudência.

Portanto, a prudência do Direito ou a justa prudência.
O termo jurisprudência significa, em um sentido amplo, ciência da lei. Em um sentido estrito, é o conjunto de decisões que refletem a interpretação majoritária.
Através do sentido que este termo revela é possível saber que não é necessário anular LEI para introduzir no ambiente onde ELA opera, decisões que refletem a interpretação majoritária de um mesmo tribunal.

Diante disto quero trazer aqui o que aconteceu após Jesus Cristo ter passado 40 dias e noites no deserto, semelhantemente a Moises, que subiu o monte para buscar as tabuas de pedras da LEI. Ao voltar para o meio de sua comunidade, assumindo seu ministério público, começou seu discurso e em determinado momento disse:
Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido.
Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mateus 5:17-20

E assim ele começou cumprir a profecia que diz:
Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.
E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.”
Ezequiel 36:25-27

Deus atua de acordo com a LEI, pois ela é sua PALAVRA. 

Não é ELE que tem que se converter para caminhar conosco, mas nós para caminharmos com ELE.

Concluo dizendo que o sangue de Jesus Cristo por causa das nossas transgressões entrou como benefício de ordem jurisprudência majoritária da parte de Deus, a fim de que se cumpra em nós a Sua justiça, uma vez que por meio da morte do Seu Filho, temos o coração empedernido pelo pecado arrancado e um novo coração implantado, onde ELE escreve a sua LEI a fim de que adentremos NELE para a VIDA ETERNA.   





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